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Você não está e nunca estará sozinha...

...porque, em primeiro lugar, você tem a presença mais importante do mundo colada em você o tempo todo: você mesma.

De onde vem essa carência excessiva nas mulheres, que as faz buscar desesperadamente o amor do outro, o toque, o acolhimento, o abraço do outro? Quando foi que nos esquecemos de que somos capazes de dar a nós mesmas tudo aquilo que buscamos fora de nós?

O medo da solidão é uma ilusão.

Muitas mulheres têm uma trajetória de vida marcada pela solidão. Uma infância e adolescência recheadas de angústias vividas na mais amarga solidão. Isso cria um medo que te acompanha pela vida: o medo de novamente estar sozinha e desamparada.

Quando isso acontece, você projeta no seu futuro algo que viveu em seu passado. Ou seja, o seu medo não é de algo futuro, e sim de algo passado. É o medo de que aquilo volte, de viver aquilo novamente. É um lugar no qual você já esteve e para o qual não quer voltar.

Mas se você conseguir entender isso, vai entender, então, que você está com medo do passado. Medo de algo que já passou, já acabou. E vai compreender, assim, que esse medo não faz sentido.

E vai compreender também que o grande problema não é a solidão em si, mas a angústia. Porque a solidão pode ser vivida com extrema angústia. Isso acontece quando você não compartilha seus segredos ou problemas com ninguém por vergonha, quando você sente que é diferente das outras pessoas, que é inferior de alguma maneira, ou que não há ninguém que possa realmente te compreender, quando você se sente incapaz de estabelecer uma real conexão com outras pessoas. Isso é ruim, traz sentimentos de desamparo e tristeza.

Mas a solidão pode também ser vivida com extrema alegria e plenitude. Isso acontece quando você entende que o verdadeiro significado da solidão é estar profundamente em contato consigo mesma, com quem você é, com a inteireza do seu ser, sem intermediários. É ouvir sua própria voz, sem intermédio de ninguém.

E aí, então, podemos perceber que o que dói não é estar sozinha. Essa é uma falsa crença que nos leva a tentar, desesperadamente, preencher nossas vidas com pessoas que sequer fazem algo para merecer esse lugar de importância que lhes damos.

O que dói nunca foi estar sozinha. Ainda que você conheça bem a "dor da solidão", pare por um tempo e reflita:

O que sempre te doeu, certamente, foi ter pessoas ao seu redor que faziam você se sentir sozinha.

O que dói mesmo é sentir que as pessoas da sua família não te enxergam ou que seus amigos não te compreendem.

O que dói mesmo é saber que as pessoas estão ali, a seu redor, mas algo impede que vocês se conectem.

Estar sozinha não dói. Ter a sua própria companhia, andar de calcinha pela casa, comer e beber o que se quer, dançar sozinha, curtir seus animais de estimação ou seus hobbies, conversar com seus próprios pensamentos, sentir o prazer da liberdade de ser quem se é, sem ter que pensar em como se vestir ou como se comportar, sem ouvir nenhuma outra voz além da sua. Isso não dói. Pelo contrário: é um dos maiores prazeres da vida.

A solidão, em si, não dói. Você não deve temê-la. O único risco verdadeiro sobre isso é você acabar preenchendo o vazio que esse medo gera com as pessoas erradas. Porque aí, sim, você não conseguirá se libertar do ciclo doloroso de se sentir sozinha na companhia de outras pessoas.

A sensação da incapacidade de conexão machuca.

Você nunca está e nunca estará sozinha! Você sempre terá a si mesma e você pode proporcionar a si tudo o que busca desesperadamente nos outros.

Quando você realmente compreender isso, irá conhecer a verdadeira liberdade. E, consequentemente, será capaz de estabelecer laços mais saudáveis, sem a angústia gerada pelo medo de que as pessoas se afastem.

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